terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fui caminhando até a ponte
a cada quatro passos
o pescoço se virava para trás

meus olhos não enxergam ao longe
meu bigode estava suando
e meus óculos riscados
não via nada

continuei o caminho
continuei com o pescoço
agora menos frequente
o ombro já estava dormente

passo a passo
o pescoço não mais aguentava
chegando em casa, olhei mais uma vez
e lá estava......nada.

domingo, 5 de dezembro de 2010

um toque
o chute
e o pisão

me move
me nutre
a paixão

o novo
a sala
e o gesto

de novo
me cala
de resto

sem jeito
a mão não pára

no bolso
na barba
no coração

no peito
um grito alto avisa
na cabeça
a razão me segura

perdido e imóvel
mas ainda posso te olhar

e olho
até o último segundo
um sorriso
até o último minuto
uma palavra
até a última hora
um beijo
seria o último suspiro.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

mesmo que tudo venha agora
e não reste nada pra depois
vou consumir até o fim
vou, vou sim

já sinto falta de outrora
já sinto frio no calor
sei que faz sol
mas tem também dor

fica um ar no ar
gota no mar da minha vastidão
sede que não cede
seca minha boca, coração

aí me enxarco
subo, subo e depois caio
me perco na linha da minha mão
que ao ler me entrego ao chão

aí o recomeço...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pensamento positivo
boas vibrações
tudo faz sentido
nessas condições!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

só você não me olha
só você não me tenta
só você

só você não me toca
só você não me güenta
só você

só você me ignora
só você me esquece
só você

só você não me liga
só você não me convida
só você

só você não se lembra
só você não me vê
só você

só você me indica
só você me sustenta
só você eu quero
só você na minha vida
só você

só eu mesmo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

é assim que eu escrevo
assim que eu falo
é assim que eu sinto
quando intuito

falo merdafalo bostafalo tudo
ou quase falo...
no quase choro.

assim que entendo
é assim...mais ou menos
assim sem mim
é assim, parece que...sem fim

a vida vivida é linda
a morte morrida avisa
que a vida vive viva
três vivas!
VIVA! VIVA! VIVA!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

o meu, o teu.

perdi a fome
e a cor
ganhei um nome
e uma dor
me chamam quieto
e rasteiro
me pedem um cigarro
e o cinzeiro
eu vejo a porta
e a lua
eu sento no chão
na rua
o frio me encolhe
sem luva
agora me molhe
vem chuva

riso nervoso
o meu
olho trincado
o teu.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

e-letronic


já acabei
acabei de enviar
acabei de transformar minhas idéias em letras e palavras, depois em pixels e bytes.....depois em alguma forma doida de cabos,conexões e sinais....... e chegarão; e novamente serão bytes, pixels, letras, palavras e outra vez idéias, em outra cabeça!!!!

domingo, 29 de agosto de 2010

Nostálgico e Subterrâneo Alienígena

A brisa da manhã
Eu venho esquecendo
O cheiro do ar calor de verão

Eu vivo numa cidade
Onde você não pode cheirar nada
Você ver seu pé
Para rachaduras no asfalto

Acima do céu
Aliens flutuam
Fazendo filmes caseiros
Para que as lendas voltem pra casa

De todas essas criaturas estranhas
Que trancaram seus espíritos
Perfuraram buracos em si mesmos
E vivem para os seus segredos

Eles todos estão nervosos...
Nervosos

Eu queria que eles fizessem um ataque na estrada de uma cidade
Tarde da noite, quando eu estiver dirigindo,
Me colocassem a bordo do seu belo navio
Mostrasse o mundo como eu gostaria de vê-lo

Eu diria a todos os meus amigos
Mas eles nunca acreditariam
Eles pensariam que eu finalmente teria enlouquecido completamente

Eu os mostraria as estrelas
E o significado da vida
Eles me expulsariam
Mas eu estaria correto

Eu só to nervoso...
Nervoso...

(tom yorke)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

algo novo pra dizer
algo novo pra você
logo poderá ouvir
logo poderei te ter

e se o chão realmente for as nuvens
irei cair e voar, voar e voar

é....é assim
até o sol me derrubar
faz quente o coração
e me queimo de paixão.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

faz falta um guardião
falta faz uma mão

na contra-mão da vida
na ida de meia-volta

sem jeito de ficar
sem jeito de andar

não sofras pois sofrego também
me morda, se isso lhe faz bem

na direção da vida
o caminho é o norte.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

vou andando
vou andando e...
trupiquei
foi só um tropeço
me deixa leso e um tanto peço:

sumo
a verve consome
a tosse me impede
o suco da vida
eu bebo e inverte

o surto num triz
a fome raíz
eu gasto meu medo
no ato passado

grito o entalo
a clave cravada
entalha a nota
a corda quebrada
destoa a fala
e cala a sala
[minha mala é pouca
é feita de nada]

a sorte e o azar

cala minha sala
diz o teu sentido e mais nada
impossível palavra exata
mais uma vez, uma falada.

ain se eu pudesse fingir
ain se eu pudesse ignorar
ain se eu pudesse te amar

amaria que nem se ama a vidaaa
tão bonita que te amaria infinita-mente
te mostraria até onde é possível
te beijaria até a boca ficar dormente

não sei agora onde enfio tudo isso
não imagino onde tudo recomeça
como se tivesse esquecido quem eu sou
piro e viro a travessa

finco afinco a promessa
finjo o tranco que arremessa

a sorte é durmir até cansar
o azar é acordar e relembrar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

o caminho, a ida e a volta

formidável maneira de vencer
ligo a luz, ascendo (ou tento)
pairo sobre um abismo
paro na pontinha do precipício
quem vê acha que irei me jogar

inteligível raciocínio
duas maneiras pra pensar
duas palavras pra juntar

paz ciência

revogo a chama azul
invoco a chama vermelha
a destreza da ação
com a clareza se emparelha

já são palavras e palavras soando
unindo-se e se encaixando
formam facetas do agora
e minha persona revigora

vou pro fim do infinito
vou antes de outrora
que ridículo
vou e volto embora.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Eu sou o ato seguinte
Esperando as escondidas
Eu sou um animal
Preso em seu carro quente
Eu sou todos os dias
Quem você escolhe ignorar



tanto fez
tanto faz
é um tanto incômodo

tanto fiz
tanto faço
que foi errado

que saco

não valho um sapato
valho menos se não tiver o mato

fecho os olhos,
vou embora
levado pelo tato.

tropecei...
escorreguei...
e nada encontrei.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

queria te ter mais perto
queria que fosse minha irmã
sei lá...
...minha vizinha.
queria um beliscão,
uma língua ou uma cosquinha.

queria, ia, vinha.

coitado de mim
queria, queria, queria

e de querer, sorri sozinho
e te querer, queria minha.

eu não posso querer e ter
só tem quem não quer
e quem tem, não sabe
se sabe, não tem....mais...

tenho que ficar na minha.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

no fim da minha rua

no fim da minha rua tem os meus pés
no fim da minha rua tem minha cabeça pensante
lá no fim dela tem uma veia
que corre o rio da vida, penso.

no fim da minha rua vejo a pedra e a poça
no fim da minha rua vejo a chama na poça d'água
lá no fim me vejo e percebo a familiaridade
que incomoda e desentoa.

no fim da minha rua eu tenho a rua inteira atrás de mim!

bem lá no fim estou eu
achando que procuro algo
algo que acho procurando
procuro algo e acho.

num é despacho
num é florzinha
nem ao menos penacho...

é você, eu olhando pra baixo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ai....é
perdi as palavras na música
mas lembrei que
estou perdendo muita coisa
e que coisa
estou durmindo demais
vivendo de menos
sonhando astral
me assustei
eu mesmo
me assutei
me joguei no chão
me achei no espaço
sem tempo
nem vento
sou lama
ou chama
meio vivo
meio torto
meio liso
meio morto
tenho a vida
repetida
repete frase
repete fase
repete um não
um cara chato
repetindo toda a ação
canção sem fim e nem refrão.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

quando eu estou no fim do agora
temo que perdi minha hora
eu fico falando sozinho
e você com puta dor
ignora e acha que sou mais um dando de louco

quando estou eu no começo do dia
não abro os olhos pra continuar no sonho que ia
eu fico sonhando sozinho
e você afina a dor
me desloca e acha que tenho uma camisa de força

minha roupa está velha e fraca
meus braços rasgam as mangas

ando com uma mão na frente outra atrás
trago tudo de imediato
fico doente quando me lembro
e um trago no conhaque
e um sopro na fumaça
e um passo na calçada
e uma fuga inesperada
e eu olho e não vejo nada
e eu não tenho pra onde ir
e eu fico andando parado
e eu fico caído e calado.

domingo, 11 de abril de 2010

alguém chama
alguém se entrega
alguém se perde
alguém perde
alguém quem?
algum vacilo
algum momento
nenhum pensamento eu quero ter...
vai ver eu posso esquecer!

hauhauhauhahahahaha

rir pra não chorar.

quarta-feira, 31 de março de 2010

meu sono me ensina a sanar a dor
um sonho, que sina
e o cara que eu procurava
deixei na gaveta
e a cara que costumava usar
era uma careta
e agora vou à procura
loucura
estou aqui
agora mesmo
não me deixe esquecer
de que eu sou eu de vez
ninguém mais
que todos vocês!

Me consertar

Caído, calado, cansado
esperando o sono me pegar
e me levar pra longe
encontrar um monge
onde as flores falam
e as pessoas ouvem
os ventos assoviam
e as portas não batem
somente se abrem,
as possibilidades crescem.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Nem tudo está tão certo assim
há muita coisa errada na verdade
há o que somar, o que subtrair
temos que pensar de novo

repensar

repetindo pra si mesmo
que a chuva molhe
e lave
e leve
em breve estaremos novos
em folha
na madeira
na terra
na água
no ar

a esmo
nunca serei o mesmo
não mesmo
no começo seremos intenso
no fim já não sei se penso
é tenso.

domingo, 28 de março de 2010

você pode me tornar a ser o que eu venho sendo
um cara pálido e de cabeça baixa
você pode me enxergar como meus vizinhos enxergam
dois olhos pra cima e uma barba pra baixo
quem sabe você também possa realizar um feito
deitar de costas no chão sem se preocupar com o fim
talvez até contar tuas vontades, mentiras e verdades

eu espero
eu espero
eu espero tanto
que me canso
eu espero
eu espero
eu espero que tudo de certo

tudo de volta ao começo
eu voltando pro fim
e o meio sendo esquecido de novo
tolas gafes me esperam
ora sozinho rindo
ora em meio a multidão
sempre me pego indo
andando com a cabeça na confusão

não há ponto fixo que eu olhe
sem embaçar minha vista
não encontro nenhum mar consciente
nem uma ilha perdida

nos momentos trancendentes
não há palavras que digam
gestos que expliquem
pra onde fomos
e quem realmente somos

então navegue
enxergue aquela saída
se agora não tem a chave
amanhã terá uma despedida

é a última pedida:
você pode me tornar a ser aquilo que eu não sou
eu posso te dizer tudo aquilo que eu não quero
podemos juntos deslizar da vida e julgar os homens
você pode fugir e fingir que faz tudo com esmero

eu espero
eu espero...

quarta-feira, 24 de março de 2010

hoje eu vi a lua em chamas!
desci as escadas.....corri pra rua
mas não me esperou
apenas suspirou e disse:
paciência........
reverberou
minha ciência da paz
minha paz da ciência
quantos passos criei à procura?
vou contar: 1,2,3.....
passos demais outra vez...
que loucura
destôo
a questão era a lua,
a chama,
ou eu?
me engano novamente
não há questão

a conta do tempo eu perdi
a dos passos inverti
andei de trás pra frente
olhei de novo pra cima
no céu as estrelas presente
aí encanei:
a lua deixei em casa!!!
o pretexto da minha caminhada...
quanta lerdeza
voltei correndo..............

e num ato de esperteza
parei...respirei...suspirei...
indaguei (afinal sou um taurino confuso)
me sentei (afinal...tinha uma grama verde)
que dia!!!
que noite!!!
voltei caminhando lento e calmamente
agora a brasa em meus dedos
o cigarro aceso
me lembrava a lua
que deixei pra trás
acabou....
e voltei
procurei-a (a lua)
na sala
na cozinha
no quarto
debaixo da cama
na gaveta
mas algo me dizia
que ela estava indo
pro outro lado do planeta.

quarta-feira, 17 de março de 2010

pra dizer a verdade
estou cansado sim
e assim suspiro
imagino outros mundos
e nesse minha alma reclama
e apanha.....inflama.......e murcha
como mudar?
procuro saber
o primeiro é aceitar que errei
assim como todos nós erramos
a todo momento
fomos programados a ter pensamentos erroneos
o segundo não é nem entender
talvez nem aceitar um erro
mas eis um fato
amargo
o tempo não volta
ele sequer existe
somos nós...apertados
tentando um deslace
somos feios, burros
lindos e cegos
estou cansado sim
não sabemos nada
e isso me mata
não sabemos tudo
e isso é o que move a massa
piso num piso sem base
é liso e caio
não é um pulo
me instalo no vácuo
sou sugado
tento um nado
um vôo
um nada
sou um nada
caindo pro tudo
sou a morte
pedindo a vida
sou a vida
na linha da sorte
que acabe
desabe na minha frente
sou a ilha na mente
de deus
judeus
ateus
adeus
cansei.

quarta-feira, 3 de março de 2010

há três dias não como
há cinco dias não durmo
há jeito de eu me ajeitar?
o aleijado me passa
a tiazinha fica passada
e o tiozão cala
a senhora não acha
que está na hora de eu desencanar?
que rua sem curva
que rio sem esquina
ou que quarto sem cortina
vou me deitar?
garganta inflamada
palavra rasgada
xuxu enrolado
não dá pra pitar
cabeça gigante
sentimento elefante
em algum instante ela vai chegar?
descrente
decido
na descida da escada
quase rolante...
que vou esperar!
surpreso
fiquei
comigo mesmo
que estúpida decisão fui tomar
café não tem
solução também não
só meio cigarro
pra terminar de me derrrrrrrrubar
vou lá pra cima
o céu ta esperando
já que o mar está distante
me enfio num balde com água e sal grosso
pra limpar, lembrar
que posso chorar
se pedir um beliscão
ou lembrar que no pote só tem xuxu e agrião.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

eu amo a volta
do que não foi
fui o fim da minha era
amo ser amado
exclamação
afirmo o jogo da vida
a morte
que seduz, conduz
sobre os seres reluz
cristo
em tempos críticos
críticas ao pé do ouvido
cansei de ser errado
errei em ser calado
falei, mas falei cansado
a língua tensa
a boca torta
a palavra molhada
e os olhos secos
enxergam ou tentam
enxergar o céu
noite calada
amo voltar pro nada.





segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

eu sou o menino que luta contra o sono
eu sou no sonho o menino que se vê velho
eu fui o velho que voou como menino
voltei do sonho como se estivesse novo
eu falo novo por que o sonho me revela
revela a margem e o conteúdo que me compõe
dispõe e leva o que sempre flui e navega
flutua e gira, reflete numa faca cega
corta e sangra o vento que suspira
aspira a vida, a morte e uma saída
destranca a porta e abre janelas
solta fumaça e não fogo pela venta
cospe palavras e lágrimas a venda
pois o choro é raro
mas o coração e o peito é caro
a dor e o alívio se encontram
se apertam e abraçam
se entrelaçam e fundem
confundem o certo e o errado
saúdam o doce e o amargo
fico seco e molhado
sônico e alado.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Foi criado um blog pra ajudar o pessoal de Sao Luis do Paraitinga!
E la voce fica sabendo como ajudar tambem!!!
vamos ajudar!!

http://ajudeslp.blogspot.com/
http://ajudeslp.blogspot.com/

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

vontades
verdades
Hades ha de esperar
ouvindo bons conselhos
maltratando e se olhando em espelhos
a face e Mente a saltar
sua imagem
raptada
para do outro lado refletir e mentolar
ar fresco, ar impuro
ha ar pra quem quiser respirar
so nao julgue a semelhança
o anseio
e um ser com medo de errar
pois errado ja veio
errou e errara
ate um dia encontrar
a arte
o seio
conforto so se ve no lar
a vida
a mae
semeia o filho num mar
a vida 
a morte
e Hades ira perguntar:
tens frio?
maneiro....
assim eu esperava te encontrar;
mostrei-me, inteiro
sou fraco porem fogo irei atear
em mim
eu mesmo
forte irei ficar
pra ter
e receber
o nobre verbo Amar!

domingo, 3 de janeiro de 2010

meu dia minha noite passam e eu fico implico zuado sentimento totalmente atordoado a cabeça nao acompanha os olhos os olhos veem linhas e bolas embaçam as maos se esqueceram da força e vontade os pes frios e suados os nervos pulam eu sei que sei e preciso lembrar e preciso a todo instante lutar contra cair contra me cortar as proprias pernas o proprio ar
formatar
depois salvar.