quinta-feira, 17 de junho de 2010

no fim da minha rua

no fim da minha rua tem os meus pés
no fim da minha rua tem minha cabeça pensante
lá no fim dela tem uma veia
que corre o rio da vida, penso.

no fim da minha rua vejo a pedra e a poça
no fim da minha rua vejo a chama na poça d'água
lá no fim me vejo e percebo a familiaridade
que incomoda e desentoa.

no fim da minha rua eu tenho a rua inteira atrás de mim!

bem lá no fim estou eu
achando que procuro algo
algo que acho procurando
procuro algo e acho.

num é despacho
num é florzinha
nem ao menos penacho...

é você, eu olhando pra baixo.