quarta-feira, 6 de outubro de 2010

o meu, o teu.

perdi a fome
e a cor
ganhei um nome
e uma dor
me chamam quieto
e rasteiro
me pedem um cigarro
e o cinzeiro
eu vejo a porta
e a lua
eu sento no chão
na rua
o frio me encolhe
sem luva
agora me molhe
vem chuva

riso nervoso
o meu
olho trincado
o teu.

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