sábado, 29 de setembro de 2012

Em casa, ensaio
minha cabeça rodeia
nada pra dizer
nada pra dizer
meu sofá me empurra
me manda embora
minha cama me descarta
mas eu continuo tão cansado
queria apenas fechar os olhos
treinar minha preguiça
sufocar mais um dia
agora aguardo a noite
que chega fria
descalço resfrio
de blusa aguento
tão desatento 
esse meu momento
que a sina persiste
nada para dizer
nada para dizer
e continuo a sobreviver
no meu quarto
sendo um chato
pedindo desculpas
sentindo as rugas
quebrando paradigmas
rabiscando sem rima...
solitário armário solidário!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

boca amanhecida
mente adormecida
noite assídua
e a lua ausente!
que belo presente
o vento na gente
chamando a chuva
chantagem de uva
vinho barato
uma poça, um hiato
a gota não vem
a sede mantem
o ventila a dor
o com puta dor
o corpo odor
de um sol, pudor!
é a luz
é a reviravolta
é a chama
que alarma
que urra e urge
é o darma!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

nessa situação
não
adianta ficar
FELIZ,
nem triste...
atrasar a dor...
VIXE!
Com Plicado
e
com puta dor.
Comparo e reparo
repito e prossigo
com passo disfaço
sem mente, disprende.
Na folha de almaço...


sem a capa de chuva
e sem o guarda-sol
eu sou a criatura
que cria e atura
que não chora
mas murmura
sinto os dedos
a musculatura
tudo tenso
tudo penso
tudo terno, obrigado!
tudo eterno e obrigado.